Áreas de Atuação
A RFT envolve uma atuação de três especialidades.
Os sistemas de produção agrícolas predominantemente adotados em ambiente tropical, possibilitam a intensificação dos cultivos, com implantação de duas ou mais safras por ano. Esses sistemas de produção favorecem o estabelecimento e desenvolvimento de insetos-pragas, doenças e plantas daninhas, que ocasionam redução da produtividade, causam prejuízos e oneram o custo de produção das culturas, tornando um grande desafio técnico aos agricultores de ambiente tropical. A RFT desenvolve trabalhos de pesquisa cooperativos com o objetivo de encontrar soluções para os desafios fitossanitários da agricultura tropical.
A entomologia agrícola é a ciência que estuda os insetos (e ácaros) que causam danos às plantas cultivadas e dos métodos para controle. É uma das áreas das ciências agrárias de maior relevância para a agricultura tropical.
Desde os primórdios da agricultura, os insetos-pragas afetam drasticamente o rendimento da agricultura limitando a atividade econômica.
Na moderna agricultura tropical os insetos e ácaros possuem ainda mais importância, por encontrar condições mais favoráveis a sobrevivência e aumento populacional. Inúmeros estudos são conduzidos anualmente visando minimizar a interferência de insetos e ácaros no rendimento das culturas tropicais.
Dentre os estudos realizados em ambiente tropical podem-se citar a dinâmica populacional de insetos, interferência da paisagem agrícola e sistemas de produção na dinâmica populacional, eficiência de métodos de controle e monitoramento.
Fitopatologia ou patologia vegetal, é a ciência que estuda as doenças das plantas, bem como as alterações provocadas pelo ataque de nematoides, fungos, bactérias e vírus, assim como plantas parasitas e fatores bióticos que incitam doenças em plantas. Melhor dizendo, a fitopatologia estuda as circunstâncias de um ambiente que pode ser razão de algumas doenças, a relação entre a planta e a doença, os instrumentos pelos quais são os coeficientes causadores da doença tal qual o controle da mesma e as ferramentas de prevenção.
Grupos de doenças que interferem em processos fisiológicos vitais das plantas por diferentes patógenos.
Grupo I – Doenças que destroem órgãos de armazenamento: podridões de órgãos de armazenamento
Grupo II – Doenças que causam danos em plântulas: tombamento de plântulas
Grupo III – Doenças que danificam as raízes: podridão de raízes
Grupo IV - Doenças que atacam o sistema vascular: murcha do sistema vascular
Grupo V – Doenças que interferem na fotossíntese: manchas foliares, ferrugens, oídios e míldios
Grupo VI – Doenças que alteram o aproveitamento das substâncias fotossintetizadas: viroses, carvões e galhas
(Fonte: McNew, 1960)
Dentro das ciências agrárias, a Herbologia é a ciência que estuda a dinâmica de plantas daninhas em culturas econômicas, sua interferência e inter-relações. As plantas daninhas, junto dos insetos- pragas e doenças de plantas, consistem num dos grandes desafios fitossanitários da moderna agricultura tropical.
Anualmente, diversos estudos são realizados para superar os problemas de plantas daninhas nas principais culturas praticadas como atividade econômica no ambiente tropical. Por exemplo, podemos citar os estudos da biologia de plantas daninhas, da eficiência de métodos de controle, uso de herbicidas em plantas daninhas, os prejuízos diretos e indiretos de plantas daninhas na cultura principal, bem como sua interferência no sistema de produção e dinâmica populacional de insetos-pragas e doenças afetadas pela recorrência de plantas daninhas.
A construção desta rede nacional de pesquisa cooperativa foi iniciada pelo desenvolvimento da Fitopatologia, em especial nas culturas de soja, milho, algodão e trigo. Tal esforço pretende abrir caminho para juntos construirmos novas frentes de inovação, inclusive em outras especialidades como Entomologia Agrícola e Herbologia. Queremos multiplicar as pesquisas para novos cultivos como feijão e cereais de inverno, por sua reconhecida importância para agricultores e empresas do agronegócio brasileiro nos sistemas intensivos de produção de grãos e fibras.
